terça-feira, 12 de julho de 2011

Entrevista concedida ao Jornal Potiguar Notícias


Prefeito do município de Janduís, Salomão Gurgel tem rica história na política potiguar, já tendo sido candidato a governador e franco-favorito à Prefeitura de Natal. Em entrevista aos jornalistas Pinto Júnior e Cefas Carvalho, Salomão faz uma avaliação da sua vida política, e ainda comenta os governos de Micarla e Rosalba. Confira:


Janduís foi manchete recente na imprensa em função da sua viagem a Moscou, momento esse que o seu vice, José Bezerra demitiu todo o secretariado. Qual a avaliação que o senhor faz desse incidente?
Em primeiro lugar quero esclarecer que Janduís hoje tem uma estrutura institucional. Nós criamos uma base jurídica que nos permite que o município mantenha sua perenidade de administração. A dívida do município está diminuindo, pagamos o piso dos professores, os servidores recebem em dia. Infelizmente, ainda existem pessoas que não tem a consciência da responsabilidade do que é ser um vice-prefeito. Assumem o poder interinamente, e acham que podem fazer todas as modificações. Então, vejo que foi um ato de irresponsabilidade de quem não tem o poder constituído. Graças a Deus, hoje nossa estabilidade está sendo retomada.


Para o senhor, foi uma surpresa a atitude do vice-prefeito? Havia algum indício de que isso pudesse acontecer?
Eu imaginava que como José Bezerra cresceu politicamente graças a mão estendida que demos a ele, uma postura diferente. Eu tive uma surpresa, pois ele já foi prefeito de Janduís, e duas vezes vice com o nosso apoio, então eu imaginava uma postura diferente. Não esperava que o meu secretariado não fosse de acordo com o que ele esperava.


Essa ligação entre o senhor e José Bezerra era entendida como um apoio a candidatura dele, já que o senhor já foi reeleito. Após esse episódio o senhor ainda pretende apoiar o vice-prefeito?
Eu acho que a nossa contribuição foi à renovação política. Ele ainda queria ser prefeito mais uma vez, porém demonstrou uma prática imprópria para tal. Quando foi candidato sem o nosso apoio, teve pouco mais de 100 votos, de um eleitorado de 4000 votos. Então ele achava que podia seguir a mesma trajetória política que eu tive, pois fui prefeito no município por três vezes. Eu não posso dar credibilidade a ele, não posso passar a ele a arte de governar.


Então essa atitude dele pode ter dado fim as pretensões dele e forçar essa renovação?
Eu acho que as pessoas mais cedo ou mais tarde vestem a carapuça, e o José Bezerra teve a sua hora. Por mais que os companheiros sempre avisassem que ele não era confiável, eu sempre pensei diferente.
Nunca acreditei, até por ele ser meu parente distante. Era uma pessoa que eu conhecia, que estudou comigo em Caicó, era uma espécie de irmão. Mas a política, quando exercida por pessoas de mau caráter ele modifica as coisas.


Fonte: Potiguar Notícias

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