E como era bela e mãezonha a minha sogra!
Quando namorava sua filha, não tive logo a oportunidade de conhecê-la: nosso namora era clandestino, pois seu marido era um oficial do Exército Soviético. Filha de militar não podia nem pensar em envolver-se com estrangeiro! E eu era um estrangeiro que me havia atrevido conquistar um desses frutos proibidos do paraíso soviético...
A filha me descrevia a mãe como uma mulher severa, muito bonita, elegante, trabalhadora, e que mantinha, em casa, uma disciplina exemplar para a criação dos filhos: Nina, a mais velha e Iuri, o rapaz que, também, foi para a escola militar, a exemplo do pai.
Maria, o seu nome, era, antes de tudo, uma mãe, que, rígida, amava o marido, oficial linha dura, estaliinista, e os dois filhos, nem tanto antenados com o regime soviético! Mas sabia ser mãe e mulher: arranjou um jeito de ficar, sempre, ao lado da filha: não sabia de nada, mesmo sabendo de tudo...
Assim foi, até que a filha engravidou, mesmo sem casar, para a surpresa de todos, menos dela! Encarregou-se, ela mesma, de contar tudo ao marido, que, enganado, explodiu, mas foi dobrado pela doçura de Maria!
O filho Vassili, na barriga da mãe, foi o diplomata que conseguiu unir a todos e quebrar resistências: já nasceu com o nome do avô, que se envaideceu e ficou mais manso pro meu lado. Maria, como avó, foi maravilhosa! Não quebrou sua rotina de médica do trabalho, nem deixou de cuidar bem do maridão e sempre dava uma mãozinha à filha, destreinada no cuidar do netinho...
Queria viver 100 anos, mas não importava muito para as recomendações dos colegas médicos, pois não tomava direitinho os remédios para hipertensão e, por isso, teve dois AVCs; era diabética, mas menosprezava a dieta. Mesmo assim, lúcida, morreu aos 87 anos de idade, tendo ao lado o seu fiel escudeiro, o marido Vassili. Andrei, médico, segundo filho meu e de Nina, que me deu a noticia de sua morte, foi o primeiro a chegar para chorar a morte da avó e consolar o avô em pranto!
Sempre procuro amar redobradamente as pessoas que me amam! Em Maria, sentia a profundidade do seu amor pelo genro estrangeiro, a confiança que em mim depositava! Foi , diante dessa constatação, que sinto a sua morte, quase uma ano depois da de sua filha Nina!
Quando namorava sua filha, não tive logo a oportunidade de conhecê-la: nosso namora era clandestino, pois seu marido era um oficial do Exército Soviético. Filha de militar não podia nem pensar em envolver-se com estrangeiro! E eu era um estrangeiro que me havia atrevido conquistar um desses frutos proibidos do paraíso soviético...
A filha me descrevia a mãe como uma mulher severa, muito bonita, elegante, trabalhadora, e que mantinha, em casa, uma disciplina exemplar para a criação dos filhos: Nina, a mais velha e Iuri, o rapaz que, também, foi para a escola militar, a exemplo do pai.
Maria, o seu nome, era, antes de tudo, uma mãe, que, rígida, amava o marido, oficial linha dura, estaliinista, e os dois filhos, nem tanto antenados com o regime soviético! Mas sabia ser mãe e mulher: arranjou um jeito de ficar, sempre, ao lado da filha: não sabia de nada, mesmo sabendo de tudo...
Assim foi, até que a filha engravidou, mesmo sem casar, para a surpresa de todos, menos dela! Encarregou-se, ela mesma, de contar tudo ao marido, que, enganado, explodiu, mas foi dobrado pela doçura de Maria!
O filho Vassili, na barriga da mãe, foi o diplomata que conseguiu unir a todos e quebrar resistências: já nasceu com o nome do avô, que se envaideceu e ficou mais manso pro meu lado. Maria, como avó, foi maravilhosa! Não quebrou sua rotina de médica do trabalho, nem deixou de cuidar bem do maridão e sempre dava uma mãozinha à filha, destreinada no cuidar do netinho...
Queria viver 100 anos, mas não importava muito para as recomendações dos colegas médicos, pois não tomava direitinho os remédios para hipertensão e, por isso, teve dois AVCs; era diabética, mas menosprezava a dieta. Mesmo assim, lúcida, morreu aos 87 anos de idade, tendo ao lado o seu fiel escudeiro, o marido Vassili. Andrei, médico, segundo filho meu e de Nina, que me deu a noticia de sua morte, foi o primeiro a chegar para chorar a morte da avó e consolar o avô em pranto!
Sempre procuro amar redobradamente as pessoas que me amam! Em Maria, sentia a profundidade do seu amor pelo genro estrangeiro, a confiança que em mim depositava! Foi , diante dessa constatação, que sinto a sua morte, quase uma ano depois da de sua filha Nina!
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