Quando passou a melhorar na sua
condição de melhor se alimentar, melhor se alojar em casas, de ter mais
emprego, mais oportunidade na educação e acesso à informação, os que estavam na
base da pirâmide social foram tomando gosto pelas conquistas advindas da
chegada do PT ao Governo e se indignando com os costumes e velhas tradições de corrupção
e roubalheira que o nosso Partido não peitou em acabar quando “negociou” a famigerada governabilidade com
partidos políticos, atolados na lama da política brasileira, como PMDB, PP, PR,
PTB, etc, distanciando-se, sempre e cada
vez mais, dos nossos parceiros da Esquerda, com quem deveríamos fortalecer uma
aliança estratégica de avanço democrático e popular, preparando-nos para um
confronto que há tempo era anunciado pelos cientistas políticos da Esquerda
Socialista, quando afirmavam que “...o Governo de Dilma iria enfrentar, sem
sombras de dúvidas, o confronto entre a maioria do povo brasileiro e os
defensores das ganâncias incontroláveis do capital financeiro...”
Os comentaristas e analistas
políticos, historiadores e filósofos políticos, em sua grande maioria, são
categóricos em afirmar que as manifestações de milhões de brasileiros são
contra o sistema político e de governo que aí está e que não atende as demandas
maiores e mais abrangentes de amplas camadas da população, que está cheia de
tanta corrupção, de tantas promessas não cumpridas por Governos Municipais,
Estaduais e Federal. As pesquisas mostram que os protestos não são direcionados
contra apenas Dilma e o PT, como esperavam os arautos do PSDB, DEM e seus
acólitos menores! Desta vez a turma do “quanto pior,melhor” não vá levar
barato! O povo não foi buscar nenhum líder, nenhum salvador entre a patota da
reviravolta...
Ao contrário, quando Dilma veio à
Mídia reconhecer que estava atenta e ouvindo o clamor das ruas, os protestos
começaram a ter uma outra configuração. O povo sentiu que tinha, em Dilma, uma interlocutora no Poder...
Agora, compete a Dilma e ao PT,não
apenas apurar os ouvidos em direção ao barulho das ruas, mas a agirem com a
rapidez de um exército em marcha forçada, nos tempos de guerra, para trazerem
mais Segurança e Paz para os milhões de homens e mulheres, hoje inseguros e
temerosos, mais Educação e Saúde para toda uma população que quer melhoria nos
serviços públicos, mais Transparência na Aplicação dos Recursos Públicos, mais
guerra total no combate à corrupção, enfim, mais empenho do Governo, incluindo
Judiciário e Legislativo para que possamos conquistar a credibilidade dos
brasileiros nas chamadas instituições democráticas.
Por
último, ninguém, que quer ver as coisas mudarem, deve ficar esperando para
breve o povo se acalmar: devemos nos preparar para os confrontos de interesses,
devemos procurar parceiros confiáveis, principalmente, entre aqueles que serão
gerados nas entranhas dos conflitos das pessoas que saem às ruas.