quarta-feira, 3 de julho de 2013

Vamos pensar...


Vamos pensar em quem precisa quando se falar da importação de médicos


Quando eu era prefeito, precisava de dois médicos para duas equipes do Programa Saúde da Família. Fazia licitação, ninguém aparecia; fazia o pregão eletrônico,  sem ninguém pra concorrer. No final do mês, o médico receberia 11 mil e 500 reais, líquidos. Se quisesse tirar plantões, receberia até 15 mil/mês.  Mas médicos, são poucos os que querem trabalhar no interior. Morar, nem se fale!  Os que aceitam as propostas das prefeituras, vêm, tiram seus plantões (consultas) e desabam: não tomam conhecimento da vida das pessoas, não interagem com elas. Participar dos programas de saúde no município, coisa rara! 


Alegar que médicos cubanos não teriam competência  para trabalhar  no interior do Brasil, é, no mínimo, uma maldosa ignorância. Hoje, Cuba tem um índice de mortalidade infantil dos menores do mundo. A média de vida dos cubanos se iguala ao de países desenvolvidos. Isso se deve, em muito, ao desenvolvimento da assistência médica, do desenvolvimento da saúde pública  e à preparação dos seus profissionais médicos.


Para suprir as deficiências de médicos no Brasil inteiro, precisamos de 196 mil profissionais; se fôssemos esperar pela preparação desses profissionais pelas Universidades Brasileiras, teríamos que esperar até 2035. Até lá quantos brasileiros morreriam por falta de médicos?

Por tanto, caros colegas, vamos deixar o corporativismo de lado e não morrer por uma reserva criminosa do mercado de trabalho médico! Que venham os cubanos, os portugueses, os espanhóis, os russos, os norte-americanos, japoneses, ingleses, franceses, holandeses , etc! Certamente, se eles tem diplomas de médicos, devem saber, pelo menos, igual a nós... O Brasil sem médicos agradece a deferência!


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