domingo, 11 de março de 2012

"A mulher existe para que o homem se torne inteligente graças a ela."


Por Andrei Barinov Gurgel


Hoje, 8 de março, é comemorado o Dia Internacional das Mulheres. Neste dia, na maioria dos países da ex-URSS, é feriado. De acordo com a tradição, os homens fazem todo o trabalho doméstico e fazem presente à todas as mulheres ao seu redor: mães, esposas, namoradas, tias, filhas, colegas e amigas. No entanto, depois deste dia, as mulheres, mais uma vez, tomam as redeas do gerenciamento da casa. A maioria dos homens, por sua vez, esquecem a maioria das palavras ditas no dia 8 de março e continuam a viver a sua vida. Interessante notar que a maioria deles nunca se perguntou qual foi o papel das mulheres em sua vida. Não falo das namoradas, amantes e esposas... Elas, com certeza, tem um grande papel dentro da vida. Estamos falando das mães. Aquelas que nós vimos pela primeira vez na vida. Aquela que com carinho cuida de você desde o berço da maternidade. Elas nos ajudam com o dever de casa, se preocupam quando você está doente e dão conselhos, mesmo quando nós não precisamos.


Minha mãe foi uma mulher maravilhosa. E, como todo homem, eu notei isso só quando ela já não estava aqui. Ela sempre quis o melhor para a minha família, trabalhou duro para oferecer o melhor. Nunca reclamei que via minha mãe pouco durante o dia, pois sabia que das 8 às 21 ela trabalhava para que toda nossa família nunca precisasse de nada. Ela sempre tinha planos, sempre estava se aperfeiçoando, não só dentro da medicina. Ela gostava de inglês, fazia ioga e fitness. Continuou a estudar a acupuntura, que ela começou a estudar ainda na universidade em Moscou.


A vida fez dela uma mulher forte e frágil ao mesmo tempo. Ela nunca teve vergonha de conter as lágrimas, mas sabia a hora quando era necessário mostrar a força. Nunca reclamou e fez de tudo para atingir aquilo que sempre quis. Suas conquistas sempre foram somente suas. Suas decisões eram sábias e suas palavras sempre levavam a verdade.


Não fosse ela, eu estaria em Caicó, fazendo direito. Não que isso fosse muito ruim, mas acho que as possibilidades que eu tive aqui em Moscou foram muito maiores. Ela me convenceu que a medicina é realmente a ciência, com a qual eu gostaria de ligar a minha vida e fez de maneira sábia. Levou-me para trabalhar na clínica por um ano. Foi uma experiência incrível e até hoje eu tenho na minha mente o exemplo exato de como ser um bom médico. Aliás, dizer que minha mãe foi uma grande médica, não é falar nada. Ela pode não ter sido uma pesquisadora ou uma médica de renome mundial, mas, acredito, que todas aquelas pessoas, que foram tratadas pela minha mãe, respeitam o seu trabalho e o seu nome.


Finalizando, gostaria de agradecer a minha mãe por tudo. Sou o que sou, em grande parte, graças a ela. Claro, fico triste em saber que ela não conheceu a minha esposa pessoalmente e não conheceu o seu primeiro neto, mas acredito que ela está lá em cima, em algum lugar, de onde ela olha para nós todos.


Feliz Primavera e Feliz Dia Internacional das Mulheres

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