sábado, 21 de janeiro de 2012


 

  O azarão do Reino de NaRaSa

Era o ano ano da graça de 1312. No Reino de NaRaSa, o clima era de muita paz, tranqüilidade, trabalho e esperança. As pessoas, na sua grande maioria, acreditavam que o Reino “estava em boas mãos” e queriam viver cada vez uma vida mais feliz!

Os homens e as mulheres do Reino de NaRaSa queriam ter mais alimentos, mais lazer, mais diversão, mais proteção , mais trabalho e certeza de que o seu Grande Líder sabia guiá-los pela estrada do almejado bem estar social! E assim, a vida caminhava: todo santo dia, havia uma noticia do bem: a casa construída, as praças para o passeio público, o salário que aumentava, havia teatro, havia dança, tinha-se poesia e a vida tinha graça...

Iosif Tilionka era o apelido de um assombroso azarão, que, vezes por outra, por lá aparecia! Sempre pregava o fim do mundo: ninguém prestava, todos eram perversos, o Dirigente Maior do Reino era ditador e corrupto, os seus auxiliares eram uns assaltantes, todos mereciam ser extirpados... Tilionka, por onde passava, deixava um rastro de pobreza de atraso e desengano. Enganava a Deus e o mundo: aproximava-se várias vezes do círculo do Dirigente Maior e, muitas vezes, enganando, assumia posições de destaque.

Só que o azarão de NaRaSa era um preguiçoso de cair das calças! Pregava uma coisa e praticava coisas piores...Tinha uma fome de poder extraordinária, mas sempre foi desprezado pelo povo, justamente por que as pessoas o conheciam desde o nascedouro. Iosif Tilionka queria mostrar sabedoria, mas conseguia exprimir, apenas, frases de efeito, guardadas no seu enferrujado vocabulário.

O azarão estava sempre disponível para conduzir medíocres, que, por falta, de competência para exercer liderança no Reino, formavam um bloco do contra: contra tudo, contra a felicidade do povo, contra a cultura, contra a habitação, contra a escola, contra o Líder e o seu Governo...

Oportunista, o azarão do Reino de NaRaSa, sempre aceitava organizar movimentos contra a Direção do Reino, achando que o povo, na sua grande maioria, queria mudanças. Mas nada conseguia! Quando queria enganar o povo, dizia que essa gente ia confiar nele para derrubar a Liderança do Reino. Mas nada conseguia, pois tudo fedia a  hipocrisia!

Mas o pior mal do azarão do Reino de NaRaSa, que ele não conseguia esconder, era a inveja que tinha do seu opositor, o Líder, que nunca conseguiu vencer! O Líder, um vencedor na política; ele, um eterno derrotado; o Líder, pessoa bem sucedida em qualquer empreitada; ele, um preguiçoso que nunca conseguiu empreender nada; o Líder, amado e querido por muitos; ele, um pobre coitado, esquecido por Deus e sua gente!

O Líder, vencedor e possuidor de virtudes e bens, respaldado pelo seu povo, confiante na longa marcha de construção da vida, vivia a plenitude do amor e da boa vivencia, enquanto o azarão, triste e desiludido, não se sustentava na sua pobreza de espírito e ia perdendo cada vez mais...      

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